sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

ENTREVISTA: Rafael Araldi - Narrador (e dos bons) de futebol

Quem gosta de ouvir uma bela partida de futebol pelo rádio, certamente já ouviu a Regional FM e lembra da voz de Rafael Araldi. Ele conta neste bate-papo os motivos que o levaram a trocar a TV pelo rádio e sim... ele narra o gol do título do Inter de Lages da Série A do Campeonato Catarinense de 2015!!! E ficou bom!!!

Além disso, tem uma história divertidíssima de uma partida do Avaí contra o América-MG com o "interminável" atacante Fábio Jr.! Veja nosso bate-papo na íntegra:



EL PALPITEIRO - Primeiramente, o El Palpiteiro lhe agradece pela prestatividade e inicia lhe questionando: Como se sente um narrador legitimamente lageano vendo um time da sua cidade na Série A? Acha que Reinaldo e Marcelinho Paraíba formarão uma boa dupla de ataque?

ARALDI -  Fico muito orgulhoso pela conquista do clube. Meu avô foi fundador do Inter e eu sou torcedor do Clube. Foi um feito maravilhoso, sair da C e ir pra A em pouco tempo. A cidade está motivada e acho que esses atletas vão ajudar o clube no objetivo que é conquistar a vaga para a Série D.




EL PALPITEIRO - Pra quem não acompanhou, conte um pouco como foi o reality show "O Narrador" da TV Esporte Interativo e depois, quais motivos te fizeram sair de lá?

ARALDI -  Entre centenas de inscrições do Brasil todo, 8 pessoas foram selecionadas para participar do programa que dava uma vaga para ser narrador do canal.
Em provas eliminatórias, o telespectador do canal ia escolhendo quem deveria ficar para ser o novo narrador. Fui campeão e trabalhei lá por um pouco mais de um ano. Por questões financeiras resolvi voltar pra SC.




EL PALPITEIRO - Pra quem tem o sonho de ser narrador, quais dicas você daria? Quais as diferenças básicas entre narrar pra TV e pro Rádio?

ARALDI - Comece ouvindo às principais rádios do Brasil, para aprender com os melhores. Ouvindo um pouco de cada, você vai aprendendo a ter um estilo próprio. Narrar na TV é bem diferente do Rádio, mas os dois exigem muita atenção e dedicação. Acho mais difícil narrar no rádio, mas na TV você tem que se preocupar com mais coisas. Entregar comerciais e estar atento para não brigar com a imagem.



EL PALPITEIRO - O que espera desse campeonato catarinense de 2015 com tantos representantes fortes?

ARALDI -  Estou ansioso para o começo do campeonato, creio que teremos o melhor campeonato de todos os tempos. Espero bons jogos.



EL PALPITEIRO - Vamos sonhar alto... Se é que há como, narre escrevendo o gol do título do Inter de Lages no Campeonato Catarinense de 2015. Como seria?

ARALDI -  Como sou declaradamente torcedor do Inter de Lages, seria um mentiroso se falasse que não quero ver o Inter levantando o caneco, mas quando jogar contra Avaí e Figueira, meu time é REGIONAL FM.

O gol seria assim....

"46 minutos do segundo tempo e o placar nao sai do 0x0. Uma falta para o Inter na meia lua e a real expectativa do gol do titulo. Marcelinho Paraiba na bola, sao cinco jogadores na barreira e o gramado està molhado. Partiu Marcelinho........ GOOOOOOOOOLLLLLLLL do Interrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr, Marcelinho Paraiba mete na gaveta para alegria da galera no Tio Vida, depois de 50 anos o Colorado Lageano volta a pintar Santa Catarina de vermelho e branco. O campeao VOLTOU!"




EL PALPITEIRO - Araldi... Pra gente fechar o nosso bate-papo... Conte uma história sua no futebol. Um estádio com condições precárias de trabalho, alguma gafe cometida por você ou por algum colega, enfim... Algo que nosso leitor se divertiria em saber. Muito obrigado por nos atender!


ARALDI -  A maior dificuldade foi em São Januário na semi da Copa do Brasil de 2011 entre Vasco x Avaí. Cabines pequenas e apertadas e ainda colocaram duas rádios de Floripa em cada cabine.

Em Curitiba, no Estádio do Paraná, colocaram nós (de Floripa) no meio da torcida.

Acho que uma GRANDE gafe não cometi. A última que o pessoal pega no meu pé foi um jogo do Avaí na Ressacada que o atacante Fàbio Jr. jogava no time adversário e entrou no segundo tempo. Eu falei no ar que ele era interminável e continuei falando: "esse Fàbio Jr é rodado", "esse Fàbio Jr tá velho"... "olha o Fàbio Jr... Gooooolllll" KKKKKKKK... Isso me ensinou a nunca criticar um atacante.

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