Um dos grandes nomes do Avaí neste ano, foi Diego Jardel. Foi muito útil para o técnico Geninho ajeitar o time. Seu grande jogo foi em São Januário contra o Vasco na goleada de 5x0 contra a equipe cruzmaltina. Ele fala sobre esse jogo, no mesmo dia do velório do seu avô com muita emoção.
Acredita que jovens jogadores dormem em necrotério? Então leia agora esse grande entrevista especial de Natal:
EL PALPITEIRO - Primeiramente, o El Palpiteiro lhe agradece pela prestatividade e inicia lhe questionando: O que passou pela tua cabeça durante e depois de meter 5x0 no Vasco em São Januário e ser o responsável direto por 4 dos gols do Avaí?
DIEGO JARDEL - Aquele jogo vai ficar pra história tanto pro clube, quanto pra mim, pois foi marcante em todos os sentidos. No mesmo dia e hora do jogo meu Avô estava sendo velado em Águas Mornas. Tive que me superar, esquecer o que estava acontecendo fora do campo e me concentrar em ajudar minha equipe.
Era um jogo muito importante para as nossas pretensões e graças a Deus tudo deu certo dentro de campo. Conseguimos fazer uma grande partida, onde fiz gol e contribuindo diretamente em outros 3 e fazer um placar histórico dentro de São Januário onde jamais o Vasco sofreu tamanha goleada
EL PALPITEIRO - Esse ano foi sofrido. O Geninho começou muito bem, mas o Avaí perdeu vários jogos consecutivos. O que aconteceu pra ter a reviravolta e o Avaí embalar novamente?
DIEGO JARDEL - O time vinha dentro do G4 e brigando pelas primeiras colocações desde a metade do primeiro turno e isso tem os seu preço a pagar, pois o time fica visado e todos querendo te tirar de lá. Isso colocou uma pressão muito grande tanto por nossos torcedores que vão sempre querer ver o time ganhar e também por nós mesmos de não deixar a peteca cair.
Só que nós conseguimos isso até boa parte do campeonato, só que é muito difícil manter uma regularidade o campeonato inteiro, hoje em dia você vê Cruzeiro e Barcelona também oscilando. Só que nós tínhamos uma boa gordura e quando começamos a perder os times encostaram e também começaram a oscilar. Mas graças a Deus nos últimos jogos o time voltou na pegada que vinha e conseguimos o objetivo de todos que era o acesso.
EL PALPITEIRO - Muitas pessoas acreditam que você é a pessoa correta pra substituir o Marquinhos. Como é ser visto assim e como é atuar com um ídolo?
DIEGO JARDEL - Tem aquele ditado que fala assim: "cada um faz a sua própria história" e eu não quero ser lembrado por ser o substituto do Marquinhos. quero ser lembrado pela minha própria história dentro do futebol. Respeito a história dele dentro do clube, mas eu quero jogar! Ninguém gosta de ficar no banco.
EL PALPITEIRO - Dependendo dos cruzamentos no Catarinense e até na Copa do Brasil, "Avaí x Figueira" pode acontecer até 9 vezes este ano. Como é jogar o maior clássico do estado? Tem boas recordações?
DIEGO JARDEL - Eu estou há 1 ano e meio no clube, já joguei dois clássicos dentro do Scarpelli e nunca perdi um clássico, venci as duas. Foram momentos marcantes, pois é um jogo diferente, se cria uma atmosfera muito legal e isso mexe com o jogador. Ainda mais eu sendo da região e conhecendo a grandeza que é um jogo entre Avai e Figueirense, o que se passa na cidade nos dias que se antecede, mexe com todos, amigos e familiares. Então é um jogo que todo jogador quer jogar.
EL PALPITEIRO - Sonha em atuar em algum clube ou ao lado de algum jogador?
DIEGO JARDEL - Eu sou profissional e jogador não pode escolher clube pra jogar. Aquele que te dá o pão de cada dia é aquele que você tem que dar o sangue por ela, dar a vida. Eu penso assim e aquela camisa que eu estiver vestindo vai ser o clube do meu coração, o clube que merece o meu respeito, a minha gratidão.
EL PALPITEIRO - Diego... Pra gente fechar o nosso bate-papo... Conte uma história sua no futebol. Um estádio com condições precárias de trabalho, alguma gafe cometida por você ou por algum colega, enfim... Algo que nosso leitor se divertiria em saber. Muito obrigado por nos atender!
DIEGO JARDEL - Primeiramente gostaria de agradecer a oportunidade e dizer que foi uma honra participar desse bate papo. Quanto uma historia engraçada, quando eu tinha uns 18 anos estava em Mato Grosso e quando cheguei no clube pra conhecer as instalações e à moradia, descobri que os meninos estavam hospedados num antigo necrotério e que estava servindo de alojamento pra eles, fiquei quase louco e no mesmo dia liguei pra casa pra voltar. Acabei ficando algumas semanas ainda, mas nenhuma noite bem dormida de tanto medo que dava. Também quero desejar um próspero ano novo a todos. Um grande abraço.
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