segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ENTREVISTA: Fernando Henrique - Goleiro do Atlético de Ibirama

Sim, jogadores são pagos para jogar e não pra dar aulas de Língua Portuguesa. Eu sei! Mas venho percebendo que quase todos os jogadores de futebol possuem uma certa batalha para lidar com o nosso idioma. Não foi o caso do novo arqueiro do Atlético de Ibirama, Fernando Henrique Schmude. Mostrou-se inteligente e formulou muito bem as suas respostas.


Nesse bate-papo exclusivo, FH fala sobre suas características, seu time de coração, suas pretensões no time do Alto Vale, além de uma história muito engraçada sobre uma de suas passagens na base do Grêmio. Confira:



EL PALPITEIRO - Primeiramente, o El Palpiteiro lhe agradece pela prestatividade e inicia lhe questionando: Quais foram os principais motivos que te levaram a sair do futebol paulista e embarcar no futebol catarinense?

FERNANDO HENRIQUE - O principal motivo é o crescimento do futebol catarinense no cenário nacional. Hoje são pouquíssimos campeonatos estaduais mais atraentes que o de Santa Catarina. Pesou muito também a credibilidade do Atlético, que é um clube que sempre cumpre com seus compromissos.



EL PALPITEIRO - Como foi feito o convite pra você ir jogar em Ibirama? Conte um pouco das suas características e do seu histórico no futebol para os torcedores do Atlético conhecerem você.

FERNANDO HENRIQUE - Meu nome chegou até o Giovani através de um amigo em comum, o Luizinho, ex-goleiro que foi meu companheiro de Metropolitano e conhece o Giovani há muito tempo.

Quanto a minha trajetória, saí da escolinha do Francis (ex-goleiro do Atletico) em Blumenau aos 13 anos. Joguei nas categorias de base do Vitória-BA e Gremio-RS. Aos 20 anos de idade vim para o Metropolitano onde estreei como profissional em 2004. Ainda passei pelo Brusque antes de ir para o Linense-SP em 2006. Aí construí minha carreira no futebol paulista com alguns acessos por equipes como o próprio Linense, Penapolense, São Bernardo e Batatais. Estava há um ano e meio no Juventus, onde fui muito feliz e criei uma identificação muito grande com seus torcedores. Ainda atuei por alguns times de outros estados em campeonatos nacionais como pelo Alecrim-RN e Santa Cruz-PE.

Quanto às minhas características, prefiro deixar quem me vê jogar analisar, mas procuro sempre fazer as coisas com simplicidade e segurança, acho que junto com o posicionamento são os três principais pilares para qualquer goleiro.



EL PALPITEIRO - Tiago Volpi (Figueirense), Vagner (Avaí), Danilo (Chapecoense), Bruno (Criciúma), Ivan (Joinville). Nosso estado, atualmente está muito bem servido de goleiros. Você conhece algum deles? Tirando esses cinco nomes, qual seu goleiro brasileiro favorito?

FERNANDO HENRIQUE - Conheço melhor o Vagner, nos enfrentamos algumas vezes em duelos entre Juventus e Ituano na Copa Paulista do ano passado e ele já vinha atuando muito bem. Gosto muito do Jeferson, pude vê-lo jogando ao vivo e é impressionante a segurança e tranquilidade que ele passa para seu time.



EL PALPITEIRO - O que você espera dessa sua temporada... Sabendo que possivelmente enfrentará artilheiros como Bruno Rangel, Jael, entre outros, e sabendo que provavelmente, o único campeonato que o Atlético disputará no ano, será o campeonato estadual?

FERNANDO HENRIQUE - Espero fazer uma otima preparação para colher os frutos neste estadual. Vamos enfrentar adversários fortes, mas estaremos preparados. Não vejo o Atlético disputando apenas esse campeonato em 2015, acredito que iremos buscar essa vaga na série D.



EL PALPITEIRO - Acha problemático pro boleiro revelar seu time de coração? Sua torcida é pra qual time? (Não vale dizer Atlético de Ibirama! Hehehe)...

FERNANDO HENRIQUE - As vezes pode ser, mas acho uma bobagem incrível. Todo garoto tem seu time do coração, mas quando você se torna um profissional defende seu clube até o fim, pois é o ganha pão só não só seu como da sua família. Eu sou botafoguense, e não tem sido fácil, rs



EL PALPITEIRO - Fernando Henrique... Pra gente fechar o nosso bate-papo... Conte uma história sua no futebol. Um estádio com condições precárias de trabalho, alguma gafe cometida por algum colega, enfim... Algo que nosso leitor se divertiria em saber.

FERNANDO HENRIQUE - Me lembro que quando estava no juniores no Grêmio, morava no alojamento, de baixo do anel superior do estadio Olímpico. Certa vez, em dia de jogo do profissional, eu e mais alguns companheiros saímos para ir no mercado e na volta tivemos que passar pela revista dos guardas para podermos voltar ao alojamento. O jogo já estava para começar. O policial que me revistou não queria deixar eu entrar com um pote de sorvete. Falou que eu poderia arremessar no campo. Lembro que respondi: "o senhor não está entendendo, eu moro aqui, se eu quiser eu jogo minha beliche no campo" rs. No fim das contas ele deixou eu entrar com o pote, mas sem a tampa! Valeu Palpiteiro! Abraço!

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