Depois de tantas personalidades do esporte, hoje o nosso bate-papo é com um ex-jogador, mas que está se destacando como comentarista de futebol. Trata-se de Sandro Ventura. Craque dentro e fora das quatro linhas.
Nascido em Florianópolis, em 1971, Sandro Ventura foi formado nas categorias de base do Avaí, onde chegou em 1987. Dentre os grandes clubes que atuou, estão o Cruzeiro, Botafogo, Figueirense e Criciúma. Encerrou a carreira profissional na Chapecoense, em 2003, mas ele ainda bate um bolão em jogos beneficentes e foi um dos grandes craques também de campeonatos amadores de Florianópolis. Também teve passagem pelo futebol português e seleção brasileira sub-20, onde foi companheiro de nada mais, nada menos do que Paulo Nunes e Roberto Carlos.
Nesse bate-papo que inicia super técnico e finaliza com uma história hilária que ele garante ser de um amigo e não dele (há controvérsias kkkk), Sandro define os motivos pelos quais ser ex-jogador tem uma grande vantagem em seus comentários e analisa as grandes equipes do nosso estado. Confira:
EL PALPITEIRO - Primeiramente, o El Palpiteiro lhe agradece pela prestividade e inicia lhe questionando: Dos times catarinenses na Série A, todos deveriam manter seus técnicos?
SANDRO VENTURA - Acredito que sim, os atuais técnicos mostraram competência e convicção. O que é fundamental. Nenhum deles iniciou o ano na função, o que poderia atrapalhar no andamento e resultado final do planejamento. Mas por competência, conseguiram extrair de seus grupos o que melhor poderiam oferecer. Iniciando e ajudando na montagem do plantel terão mais condições de irem além.
02 - Você acredita que um ex-jogador tem "mais cancha" para tecer comentários esportivos do que uma pessoa que nunca entrou em campo e não sabe as reais dificuldades do dia-a-dia do futebol?
SANDRO VENTURA - Sem sombra de dúvida. Ao longo da carreira, você adquire conhecimento e maturidade para expor seus comentários. Isso não quer dizer que sejamos os donos da razão. Mas conhecimento sem experiência e prática, é como matar a fome lendo o cardápio.
03 - Quando uma equipe de Santa Catarina brigará pelo título, ou por uma vaga na Libertadores? Quando seremos protagonistas?
SANDRO VENTURA - Estamos crescendo de uma forma surpreendente. Obviamente não temos os mesmos recursos dos grande clubes do futebol brasileiro, e isso significa poder de barganha, aquisição. Nossos destaques são facilmente levados por eles, nos fragilizando. Mas acredito que um bom planejamento pode levar a degraus mais altos. Diminuindo a margem de erros, em contratações de atletas e comando.
04 - Se você tivesse que escolher um jogador que atue no nosso estado pra ser convocado para a Seleção Brasileira, quem seria?
SANDRO VENTURA - Temos bons jogadores, muitos deles com idade avançada e por isso estariam longe da condição física para chegar a uma seleção. Mas atualmente apostaria em um que certamente ainda ouviremos muito falar. E quem sabe nos representar na seleção. Por seu perfil, técnica e característica: Fabiano, lateral da Chapecoense. Podes ser esse o cara, se fosse europeu certamente representaria seu paÍs. Temos deficiência nesta posição e quando surgir em um grande clube do futebol brasileiro, certamente os olhos o verão de outra forma.
05 - Quais foram os motivos que levaram o Criciúma a ser a decepção do estado em 2014?
SANDRO VENTURA - A distancia é um pouco complicado de avaliar. Mas, pela minha experiência, por tudo que já vivi no futebol, só tem uma explicação. A falta de cumplicidade, cada um buscando os seus interesses e fazendo somente a sua parte, o que no esporte coletivo não funciona. Um time precisa correr um pelo outro, ter uma harmonia e sintonia que faça o conjunto funcionar.
06 - Sandro... Pra gente fechar o nosso bate-papo... Conte uma história sua no futebol. Um estádio com condições precárias de trabalho, alguma gafe cometida por algum colega, enfim... Algo que nosso leitor se divertiria em saber.
SANDRO VENTURA - Rsrsr foram muitas rsrs. Joguei em vários estadios, bons e ruins.
No sul (RS), joguei pelo Glória de Vacaria, inclusive fiz o gol do acesso contra o Brasil em Pelotas. Alguns vestiários tínhamos que trocar de roupa aos poucos de seis em seis, de tão pequenos que eram. Mal conseguíamos ficar em pé rsrs.
Quanto a histórias engraçadas rsrsrs.
Joguei no interior de SC com um atacante que contou uma boa.
Certo dia chegara de viagem, de madrugada, pegou um táxi rsrs o motorista ficou assustado rsrs com ele e o endereço rsrs mas o levou, com medo, mas levou. O bairro era muito simples, e sinistro. Chegando ao destino, o certo atacante pergunto quanto havia dado a corrida? O motorista louco pra ir embora passou o valor: "dez reais, senhor"!!!
O atacante só tinha sete rsrs então falou ao motorista: "pode dar a ré e me deixar la atrás, senhor?. Só tenho sete reais e aqui todos me conhecem, é tranquilo para mim". Kkkk... Essa foi uma das pérolas que já ouvi kkkk.
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