Como zagueiro, um espetáculo. Como estrategista técnico, muito bom! Tanto que sua média é chegar em mais de uma final de campeonato por ano, segundo seu currículo. Ele já ganhou Campeonato Catarinense, Copa Santa Catarina, foi vice de vários torneios, e agora vai comandar o CRAC-GO. Ele contou também uma história curiosa, em que ele mesmo se substituiu de um jogo em Rio do Sul. Quer entender? Leia essa baita entrevista com Mauro Ovelha:
MAURO OVELHA - Na época que estava iniciando minha carreira de atleta profissional em Criciuma, estava na base e comecei a jogar no profissional, ano 1986, tinha o cabelo longo, moda da Época, um profissional de imprensa, não me lembro quem era, colocou esse apelido e acabou ficando até hoje.
EL PALPITEIRO - No Joaçaba, você fez algo que não se vê todos os dias. Foi treinador e jogador ao mesmo tempo. É uma experiência que você recomenda? Dava vontade de se escalar como titular todas as vezes, ou preferia ficar no banco pra poder passar melhor suas instruções?
MAURO OVELHA - Bom na verdade, quando eu fui pro Joaçaba, eu já fui pra jogar e ajudar na montagem do elenco, por ter conhecimento no estado de SC, montamos todo o projeto, mas no meio do caminho tivemos alguns resultados negativos, aí em conjunto com a diretoria, a gente resolveu que a melhor alternativa era de acumular os cargos de jogador e treinador.
Acabou dando resultado porque chegamos a final da competição, acabamos perdendo pro Inter de Lages, mas o nosso orçamento era muito inferior. Depois disso, também fui para o Atlético de Ibirama nessa mesma condição, só que com um bom orçamento. Isso em 2001.
Também tive que assumir o cargo por alguns jogos, mas por pouco tempo porque trouxemos para o comando técnico o Gasperim que nos levou ao titulo da competição, depois em 2004 resolvi dar um basta nisso. Já era diretor de futebol do Atlético, também tive que assumir o comando técnico algumas vezes nessa função, aí resolvi assumir a função de treinador definitivamente, onde estou ate hoje, ou seja, fazer uma coisa só.
EL PALPITEIRO - Outra equipe muito marcante na sua carreira é o Atlético de Ibirama. O que você tem a dizer sobre o presidente Ayres Marchetti e sobre a cidade de Ibirama?
MAURO OVELHA - O Atlético me possibilitou muita coisa boa, muito em função do Seu Ayres que me deu a oportunidade como jogador, montar a equipe de trabalho, e depois disso foi quem me deu a oportunidade pra iniciar a minha carreira como treinador. Devo muita coisa a ele sem dúvida e sou muita grato por isso. Ibirama é a cidade que eu moro hoje, devo muita coisa a ela e meus amigos.
EL PALPITEIRO - A maioria das equipes que você dirigiu eram de Santa Catarina ou do Rio Grande do Sul. O que espera de 2015 longe desse eixo, treinando o Crac?
MAURO OVELHA - Posso dizer que tive muita coisa boa nesses anos que trabalhei em SC. Fui 4 vezes vice-campeão catarinense. Ganhamos o título da Copa Santa Catarina e Recopa Sul Brasileira com o Marcilio Dias em 2007, vice campeonato com a Chapecoense em 2009, vice campeonato com o Joinville em 2010, mais o título Catarinense pela Chapecoense em 2011, aliás, seu ultimo titulo. Tive um acesso da série D para a série C em 2009 com a Chaecoense também. No RS, tive o vice-campeonato com o Caxias em 2012, ainda em 2012 tivemos o titulo da copa Pantanal disputada no Mato Grosso vencida pelo Caxias, sem contar 2 vice campeonatos da Copa Santa Catarina pelo Atlético (2004 e 2005) que prefiro nem contar, ou seja fui vice-campeão ou campeão em 12 competições em 10 anos de carreira ou menos. Acho que são muitas coisas boas feitas em 10 anos de carreira, pena que isso não tem muita valorização pra muita gente no estado de SC. Prestei muitos serviços ao estado sem dúvida nenhuma! Agora espero que possa ter sucesso no campeonato Goiano. Já tinha disputado a série C do brasileiro pelo Crac em 2013. Cheguei na competição com o clube com 1 ponto em 7 rodadas, terminamos com 19 pontos, ou seja, salvamos do rebaixamento, que jé era um milagre de acontecer. É sempre um desafio a mais na carreira, e isso que nos move, sem contar tentar novo campo de trabalho.
MAURO OVELHA - Acho que o estado está muito bem representado na série A. Tá na hora de começar a pensar em algo mais pra nossas equipes. Temos estrutura pra pensar mais alto, como uma Sul-Americana no mínimo, e quem sabe beliscar uma Libertadores! O perigo de rebaixamento sempre existe, por isso tem que fazer o planejamento de maneira correta, ou seja errar menos nas contratações. A montagem do elenco é fundamental pra se ter sucesso dentro de uma competição.
EL PALPITEIRO - Ovelha... Pra gente fechar o nosso bate-papo... Conte uma história sua no futebol. Um estádio com condições precárias de trabalho, alguma gafe cometida por você ou por algum colega, enfim... Algo que nosso leitor se divertiria em saber.
MAURO OVELHA - Bom, tive muitas histórias pelo estado. Quando eu era jogador e treinador do Atlético de Ibirama, estávamos jogando em Rio do Sul contra o Atlético Alto Vale, eu estava muito mal no jogo, errando muito, mas eu era treinador e jogador. No meio do jogo mandei um zagueiro aquecer, todo mundo pensava que eu ia tirar o meu companheiro de defesa. Subiu a placa de número 4 que era do meu parceiro de defesa. Nisso cheguei perto e falei que a placa estava errada, a placa certa é a de número 3, ou seja a minha. Tirei eu mesmo! Todo mundo que estava no estádio levou um susto! Quem está mal tem que sair, mesmo que seja o treinador. Abraços!
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